Segundo a lenda, um casal de índios vivia, juntamente com sua tribo, à beira de um rio da região Centro-Oeste. Ele, um guerreiro poderoso e valente, chamava-se Itagibá, que significa "braço forte". Ela, uma jovem e bela moça, tinha o nome de Potira, que quer dizer "flor".
Viviam os dois muito felizes, quando sua tribo foi atacada por outros selvagens da vizinhança.
Começou a guerra e Itagibá teve que acompanhar os outros guerreiros que iam lutar contra o inimigo. Quando se despediram, Potira não deixou cair uma só lágrima, mas seguiu, com o olhar muito triste, o marido que se afastava em sua canoa que descia o rio.
Todos os dias, Potira, com muita saudade, ia para a margem do rio, esperar o esposo.
Passou-se muito tempo...
Quando os guerreiros da tribo regressaram à sua taba, Itagibá não estava entre eles.
Potira soube, então, que seu marido morreu lutando bravamente. Ao receber essa notícia, a jovem índia chorou muito. E passou o resto da vida a chorar. Tupã, o deus dos indíos, ficou com dó e transformou as lágrimas de Potira em diamantes, que se misturaram com a areia do rio.
É por isso, dizem, que os diamantes são encontrados entre os cascalhos e areias do rio. Os diamantes são as lágrimas de saudade e de amor da índia Potira.
Resumo:
Segundo José de Alencar, o autor, Iracema é a lenda do Ceará é quase um poema em prosa, simboliza o encontro da raça branca (européia) com a indígena (americana), encontro esse que resulta no povo brasileiro. O guerreiro português Martim, perdido na mata, depois de atingido por uma flecha de Iracema é abrigado pelo pajé dos tabajaras Araquém, pai da moça, Iracema é a guardiã da bebida da Jurema, ela é uma sacerdotisa que deve permanecer virgem, mas apaixona-se por Martim e engravida, fugindo com ele da tribo, o casal vive um tempo feliz, mas Martim sente saudade da terra e de sua noiva européia, junto com Poti, guerreiro potiguara, (o povo potiguara é inimigo dos tabajaras) vai a guerra contra os holandeses, Iracema dá a luz ao filho, Moacir, e após o parto morre.
PERSONAGENS:
IRACEMA – (lábios de mel) – índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, velho pajé;
MARTIM SOARES MORENO – guerreiro branco, amigo dos pitiguaras, habitantes do litoral, adversários dos tabajaras; os pitiguaras lhe deram o nome de Coatiabo.
ARAQUÉM – Pajé dos tabajaras e pai de Iracema
POTI – herói dos pitiguaras, amigo – que se considerava irmão – de Martim.
IRAPUÃ - chefe dos tabajaras; apaixonado por Iracema.
ANDIRA – Irmão de Araquém
CAUBI – índio tabajara, irmão de Iracema.
JACAÚNA – chefe dos pitiguaras, irmão de Poti.
MOACIR - Filho de Martim e Iracema
Contexto Histórico:
FERNANDO TEIXEIRA DE ANDRADE
O indianismo romântico nasceu em nação recém libertada, que precisava "inventar" um passado heróico, mítico, lendário, lançar arquétipos (modelo padrão), de nacionalidade, encontrar um rosto que nos identificasse e nos distinguisse da Europa. Gonçalves Dias e José de Alencar fundaram a mitologia indianista num mundo edênico, em uma sociedade ainda escravocrata o negro não servia para esse papel. Porém, as raízes européias fizeram de nosso índio o "bom selvagem" de Rousseau, filosofo francês, personagem de um povo colonizado dependente da Europa, em busca de auto-afirmação. Por isso se elaborou uma visão artificial de nossas origens e o perfil europeizante e cavalheiresco de nosso índio, situação que viria a ser satirizada pelos modernistas, principalmente Oswald de Andrade.
O indianismo de Alencar foi, portanto, uma proposta de valorizar o passado e de delinear o retrato do brasileiro: "Ubirajara", antes da efetiva colonização portuguesa, selvagens alheios a qualquer influência estrangeira; "Guarani", durante a colonização portuguesa, que foi desaparecendo por ação da natureza e pela promessa de outra raça (Ceci e Peri); "Iracema" cumpre esse objetivo de modo mais humano, menos épico, sob a forma de lenda apoiada sobre fundamento histórico (Alencar recorre ao século XVII para construir a lenda da fundação do povo brasileiro).
Simbologia:
O encontro:
“... Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho (...)
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.
Foi primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu ...” (Cap. II)
Iracema usa a flecha = ♂ Martim usa a espada = ♀
“... A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
O guerreiro falou:
_ Quebras comigo a flecha da paz? ... “(Cap. III)
Quebrar a flecha: para os indígenas era o símbolo da paz entre as diversas tribos inclusive inimigas.
IRACEMA:
Iracema é o símbolo do Brasil, virgem e exótica, é retratada por Alencar como uma união da flora e da fauna brasileira, a todo momento na obra ela é comparada a uma parte da natureza brasileira:
"...a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longo que seu talho de palmeira. .... O favo de jati não era doce como seu sorriso nem a baunilha rescendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu..." (Cap. II)
Iracema – em Guarani Ira significa lábio de mel e teme ou ceme significa mel;
Graúna – Pássaro de cor negra;
Jati – pequena abelha que fabrica um mel muito doce;
Ipu – Quantidade de terra fértil.
Iracema – é anagrama (palavra formada pela transposição das letras de uma outra palavra) de América;
Iracema - objeto proibido do desejo: posse do objeto = transgressão.
Dento da taba Iracema guarda os segredo da Jurema, ela é uma espécie de sacerdotisa de Tupã que deve permanecer virgem. A transgressão seria punida com a morte. Martim a procura sobre os efeitos do licor da Jurema, a droga que servirá de intermediário e servirá para derrubar a barreira entre os dois. Qualquer atitude dela para unir-se a Martim transgride os valores tabajaras. Mas o amor se revela mais forte e a postura de Iracema é, desde o início, de desobediência.
Martim:
“... Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano ...” (Cap. I)
" ... tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas, ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo..." (Cap. II)
"(...) _ Sou dos guerreiros brancos, que levantavam as tabas nas margens do Jaguaribe, perto do mar, onde habitavam os Pitiguaras, inimigos de tua Nação. Meu nome é Martim,que na tua língua quer dizer filho de guerreiro. Meu sangue, o do grande povo que primeiro viu as terras da tua pátria..." (Cap. III)
É um personagem real, participou da primeira expedição ao Rio Grande do Norte e travou forte amizade com Jacaúna, chefe do índios do litoral, e seu irmão Poti. Martim e Poti, depois batizado de Antônio Felipe Camarão, lutaram nas forças portuguesas contra invasores holandeses.
Martim – Vem de Marte ( estrangeiro) No livro é um herói quase camoniano, belo e sensível, mas ao mesmo tempo que se apaixona por Iracema, não esquece a noiva que o espera em Portugal. Há momentos em que Martim se vê em grande dúvida, essa fuga da realidade, é uma característica do Romantismo.
"... Teu corpo está aqui, mas a tua alma voa à terra de teus pais e busca a virgem branca, que te espera..." (Cap. XXVIII)
Apesar de estar casado e ter constituído uma família com Iracema, não lhe bastava esta condição e, mesmo assim, sonhava com a noiva e entes que ficaram na sua terra natal, mostra aqui um saudosismo, inerente ao povo português. O índio era mais convicto em suas tradições, dando mais valor às opções que temos que fazer durante a vida, ao passo que a adesão à terra do colonizador era apenas momentânea, visando apenas seus interesses materiais. Para o Brasil Martim foi o primeiro agente, do processo de corrosão lenta e às vezes violenta que se denominou de colonização, catequese e hoje se chama de progresso e desenvolvimento.
"... O cristão amou a filha do sertão como nos primeiros dias. Mas breves sóis bastaram para murchar aquelas flores de uma alma exilada da pátria. A amizade e o amor acompanharam e fortaleceram o coração do guerreiro branco durante algum tempo, mas agora, longe de sua casa e de seus irmãos, sentia-se no ermo. O amigo e a esposa não bastavam mais à sua existência, cheia de grandes desejos e nobres ambições..." (Cap. XXVII)
Moacir:
“- Tu és Moacir, o nascido do meu sofrimento. (Cap. XXX)
Moacir – Em Guarani “Filho do sofrimento” moacy – dor e ira que significa saído de.
" ... A jovem mãe suspendeu o filho à teta... mas a boca infantil não emudeceu. O leite escasso não apojava o peito (...) Ela dissolveu a alva carimã e preparou ao fogo o mingau para nutrir o filho.
Põe no regaço um por um os filhos a irara, e lhes abandona os seios mimosos, cuja teta rubra com a pitanga ungiu de mel da abelha. Os cachorrinhos famintos sugam os peitos avaros de leite.
Iracema curte dor, como nunca sentiu; parece que lhe exaurem a vida; mas os seios vão-se intumescendo; apojaram afinal, e o leite , ainda rubro do sangue de que se formou, esguicha ."
(...) Ele é agora duas vezes filho da dor de Iracema: dela nascido e, também, dela nutrido...” (Cap. XXXI)
O leite branco, ainda rubro do sangue - simboliza o branco = europeu e rubro = vermelho = americano e a união de dor e alegria, vida e morte.
O filho simboliza o primeiro brasileiro nascido da miscigenação índio X português.
"... O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça? ..." (Cap. XXXIII)
O autor previa de que o Brasil, depois de colonizado, já era e viria a ser uma mistura de raças portuguesa, indígena e outras que poderiam resultar a miscigenação de raças, o Brasil.
Outros personagens:
Araquém – pai de Iracema – simboliza a coragem e a sabedoria;
Caubi – (olhar do oitibó) o irmão de Iracema é o guia, a unidade familiar;
Irapuã – (Ira – mel e apuã – redondo – nome dado a uma abelha agressiva) Chefe dos tabajaras e apaixonado por Iracema simboliza o obstáculo que a vida proporciona;
Andira (morcego) – Guerreiro ancião – simboliza o passado glorioso da taba e o respeito por esse passado;
Poti – Amigo de Martim – simboliza a amizade e lealdade indígena, que é ingênua diferente da amizade dos brancos.
Outras simbologias:
• Crise interna na tribo - simboliza a desunião do povos de uma mesma terra, devido a isto se dá a colonização.
• Andira (Experiência e prudência) x Irapuã (juventude e impetuosidade)
• Iracema se põe ao lado de Martim contra o irmão (Cap. XVIII)
Há ainda uma representação dos três personagens tabajaras:
Irapuã = Ciúme
Araquém = Sabedoria Iracema = Amor
Amizade dos Portugueses e Pitiguaras – Portugueses vieram pelo mar, o povo Pitiguara viviam no litoral (olham para o horizonte) eram mais receptivos que os povos do interior (olhar fechado pelas matas).
Amizade e amor como alicerce de um homem:
_ A felicidade do mancebo é a esposa e o amigo; a primeira dá alegria , segundo dá força (...) (Cap. XXIII)
Martim
Poti (amizade) Iracema (amor)
Conversão de Poti:
É a conversão do Brasil à religião dos colonizadores.
Morte de Iracema:
A morte de Iracema, simboliza a futura extinção (ou quase) da raça indígena, e o retorno de Martim, o colonizador branco e seu filho, a colonização.
“... Pousando a criança nos braços paternos, a desventurada mãe desfaleceu, como a jetica, se lhe arrancam o bulbo. O esposo viu então como a dor tinha consumido seu belo corpo; mas a formosura ainda morava nela, como o perfume na flor caída do manacá...”(Cap. XXXII)
Características do Romantismo:
Mulher:
O conceito de mulher é romântica e européia da época, ela é idealizada, em sua beleza e na sua alma pura, sem lhe imputar as malícias do mundo, é apenas uma mulher transparente e natural como o meio em que ela vive. É a síntese romântica da esposa e mãe perfeitas (mulher ideal). Abandona a aldeia e o lar do pai para ir viver com o marido, que depois parte e ela o aguarda saudosa. Alimenta o filho mesmo sofrendo com isso.
Iracema representa a mulher frágil que por sempre precisar de proteção nunca está só, mesmo com a ausência do marido, ela tem a companhia da Jandaia e depois de seu irmão.
Para o Romantismo o homem é visto como o grande guerreiro, forte, que nada teme. Ele não pode ter fraquezas e é ele o senhor das terras e das mulheres sendo o grande proprietário e senhor de tudo.
“... O coração da esposa está sempre alegre junto de guerreiro e senhor ... “ (Cap. XXI)
A mulher já era criada para obedecer ao marido pois era ele detinha o poder, na citação acima verifica-se que a mulher consegue reconhecer o rastro do homem, configurando assim uma relação quase de patrão e serviçal.
"... Podes partir, Iracema seguirá o teu rastro, chegando aqui, verá tua seta e obedecerá a tua vontade..." (Cap. XXVI)
Santa x Pecadora:
Iracema = EVA – vive no paraíso e trai a confiança de Deus (Araquém) ao comer a maça (servir o licor da Jurema para Martim);
Iracema = Virgem Maria – Gera um filho sem o ato sexual, pois este se não se dá no campo físico mas no campo empírico (nos sonhos);
Não concretização do amor:
Iracema é proibida
“... Iracema é filha do Pajé, e guarda o segredo da jurema. O guerreiro que a possuísse a virgem de Tupã morreria.
... O mel dos lábios de Iracema é como o favo que a abelha fabrica no tronco da andiroba : tem na doçura o veneno ... “ (Cap. VIII)
Martim a possui entorpecido
“... Abriam-se os braços do guerreiro adormecido e seus lábios; o nome da virgem ressouou docemente...
... Assim a virgem do sertão, aninhou-se nos braços do guerreiro...”(Cap. XV)
Escapismo:
Martim deseja morrer por não ter sido um bom hóspede e ter roubado a virgem.
“... _ Fuja o chefe Poti e salve Iracema. Só deve morrer o guerreiro mau, que não escutou não escutou a voz de seu irmão e o pedido de sua esposa...”(Cap. XVII)
Visão maniqueísta:
Tabajaras (maus – cheios de defeitos (exceção a Iracema, Araquém e Caubi)
Pitiguaras ( bons – cheios de virtudes)
Religião:
Alencar tenta fazer com que o livro seja uma reinvenção do povo brasileiro, mas ainda está apegado ao convencionalismo religioso e preconceituoso herdado da Europa:
"... Geminou a palavra de Deus verdadeiro na terra selvagem, e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá..." (Cap.XXXIII)
“... Muitos guerreiros de sua raça acompanharam o chefe branco, para fundar com ele a Mairi dos Cristãos (Ceará). Veio também um sacerdote da sua religião (...) Poti foi o primeiro que ajoelhou aos pés do sagrado lenho; não sofria ele que nada mais o separasse de seu irmão branco, Deviam ter ambos um só deus, como tinham um só coração.
Ele recebeu com o Batismo o nome do santos, cujo era o dia; e o do rei, a quem ia servir, e sobre os dous o seu, na língua dos novos irmãos...”(Cap.XXXIII)
Poti perde sua religião, perde também sua cultura e seu próprio nome torna-se Antonio Filipe Camarão.
Já a cerimônia do batismo de Martim é superficial, não há nele nenhuma transformação, ele é pintado apenas e nos capítulos que segue ele volta a ser chamado de cristão.
“...O estrangeiro tendo adotado a pátria da esposa e do amigo, devia passar por aquela cerimônia, para tornar-se um guerreiro vermelho, filho de Tupã (...)
_ O nome de teu irmão está em seu corpo, onde o pôs tua mão.
_ Coatiabo! Exclamou Iracema.
_ Tu disseste; eu sou o guerreiro pintado; o guerreiro da esposa e do amigo...” (CAP. XXIV)
Coatiabo - Coatiá = pintar, abo = aquele que sofreu a ação do verbo = aquele que foi pintado.
Bibliografia (textos base):
Argumento histórico – Sem autoria
Alencar, José de, Iracema, 1ª Ed., São Paulo, Clube do livro, 1980
Um novo mundo – Zenir Campos Reis
Alencar, José de, Iracema, 19ª Ed., São Paulo, Editora Ática, 1988
Iracema – Machado de Assis
Alencar, José de, Iracema, 2ª Ed., São Paulo, Ediouro, 2003
Carta ao Dr. Jaguaribe
Alencar, José de, Iracema, 19ª Ed., São Paulo, Editora Ática, 1988
Ligações:
Iracema voou
. Chico Buarque
Iracema voou
Para a América
Leva roupa de lã
E anda lépida
Vê um filme de quando em vez
Não domina o idioma inglês
Lava chão numa casa de chá
Tem saído ao luar
Com um mímico
Ambiciona estudar
Canto lírico
Não dá mole pra polícia
Se puder, vai ficando por lá
Tem saudade do Ceará
Mas não muita
Uns dias, afoita
Me liga a cobrar:
-- É Iracema da América
A lenda indígena do guaraná conta que um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos mas desejavam muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino.
O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia , e decidiu ceifar aquela vida em flor.
Um dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente. A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos. Os índios obedeceram aos pedidos da mãe e plantaram os olhos do menino.
Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.
Lendas Brasileiras - Boi Tatá
Diz a lenda que o Negro D'água ou Nego D'água habita diversos rios tais como o rio Tocantins e o rio São Francisco onde possui um monumento do escultor juazeirense Ledo Ivo Gomes de Oliveira, obra com mais de doze metros de altura e que foi construída dentro do leito do rio São Francisco , em sua homenagem, na cidade de Juazeiro ( Bahia). Manifestando-se com suas gargalhadas, preto, careca e mãos e pés de pato, o Negro D'água derruba a canoa dos pescadores, se eles se lhe recusarem dar um peixe. Em alguns locais do Brasil, ainda existem pescadores que, ao sair para pescar, levam uma garrafa de cachaça e a atiram para dentro do rio, para que não tenham sua embarcação virada. Esta é a História bastante comum entre pessoas ribeirinhas, principalmente na Região Centro- Oeste do Brasil, muito difundida entre os pescadores, dos quais muitos dizem já ter o visto. Segundo a Lenda do Negro D'Água, ele costuma aparecer para pescadores e outras pessoas que estão em algum rio. Não se há evidências de como surgiu esta Lenda, o que se sabe é que o Negro D'Água só habita os rios e raramente sai dele, sua função seria como amedrontar as pessoas que por ali passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a barco,etc. Suas características são muito peculiares, ele seria a fusão de homem negro alto e forte, com um anfíbio. Apresenta nadadeiras como de um anfíbio, corpo coberto de escamas mistas com pele.
- Ele nunca acerta uma.. e quando acerta eu sempre acabo me ferrando, cansei! Estou sozinha... estou feliz e no momento quero continuar assim.. então cupido maldito não venha tirar onda com minha cara, e nem faça graça de colocar ninguém no meu caminho; Na próxima vez que tentar fazer algo de mirabulante, me pergunte primeiro se quero ser flechada por essa flecha maldita do destino, ou senão sei muito bem aonde vai parar essa sua flecha cupido desgraçado. rsrsrss Fique Esperto!